Thursday, February 09, 2006

Cera de Ouvido



Apesar de veteranos na cena, só fiquei curioso em conhecer o som dos Texanos do King’s X após uma resenha na revista Cover Guitarra, sei lá de quando ( acho 97/98 ), feita pelo editor figuraça Regis Tadeu. Em resumo, ele definia o disco como um exílio do Alice in Chains no deserto, trancafiados numa cabana indígena, obrigados a ouvir somente Beatles. O resultado seria “Ear Candy”. Putamerda, nem precisou falar 2 vezes, mandei buscar o meu pela Net, numa época de início das compras on-line e ansioso estava pra bagaça chegar logo.

Quando recebi o dito, percebi logo uma coisa... Quantas Bandas maravilhosas deveriam existir por aí que passam desapercebidas pelo nosso faro musical? Sendo que hoje graças a Net esse número reduziu drasticamente. Enfim, quando “The Train” começou a rolar, saquei que melodia era o forte da Banda, principalmente nas linhas vocais, daí a fortíssima influência dos Besouros. Também pudera, do trio formado por Doug Pinnick (baixo), Ty Tabor (Guitarra) e Jerry gaskil (batera) ficamos com uma dúvida cruel... Qual desses Fdps canta mais, pois a harmonia vocal desses caras é realmente uma coisa de outro mundo. Aliado a riffs ora simples, ora cortantes, e ainda melódicos de Ty Tabor fica impossível de não reconhecer a Banda dali pra frente. O play jorra criatividade e honestidade na nossa cara, deixando bem claro que tudo aqui é muito bem direcionado ao resultado que eles desejam, nada foge ao controle. Isso também não limita em nada as músicas pois eles conseguem soar diferentes em cada uma delas sem saírem de um contexto geral.

Músicas pra sair derrubando tudo como “Looking for Love” se sentem confortáveis ao lado de pérolas melódicas como “Mississipi Moon” e “Lies in the Sand”, a pesada e psicodélica “67”, a melancólica “Fathers” e as Beatlenianas “American Cheese” e “Picture”. O experimentalismo capacitado desse disco aliado as melodias maravilhosas e o clima psicodélico me atrevem a dizer que “Ear Candy” poderia ser considerado um “Rubber Soul” atual tamanha honestidade que ele representa. Músicos fenomenais fazendo a música que querem sem se preocupar com interferências externas, apenas seguiram o que o sentimento lhes mostrou naquele momento.

Apesar de não ser meu disco preferido do King’s X, “Ear Candy” é especial não só pelo seu conteúdo mas também por ter sido o portal de entrada ao mundo desses texanos. Recomendo dos caras pra iniciação, além deste, o pesadíssimo “Dogman” (que pra mim é o melhor disparado), o mais novo e maravilhoso “Ogre Tones” e “Faith, Hope, Love”. Daí pra frente, tenho certeza que o King’s X se tornará audição obrigatória no seu repertório semanal.

5 Comments:

Blogger Alcio said...

Rapaz, King`s X ao mesmo tempo que é uma banda do caralho, é uma banda que lançou uns discos ali no meio que são insuportáveis. Os três primeiros flow like wine, depois começa a ficar meio "inconstante", fazem umas farfalhages chatas pacas e voltam com algumas coisas interessantes.

O que eu recomendo: DogMan (mais pesado), Gretchen Goes To Nebraska, Out of the Silent Planet, Faith Hope Love e Black Like Sunday.

Pra fugir: Manic Moonlight e Please Come Home Mr. Bulbous.

O novo ainda não conferi, mas o aovivo "Liva All Over The Place" é bacana!

5:33 AM  
Blogger LouieCyfer said...

sim esqueci de me refrir so bre isso Álcio, e o Tape Head ( apesar de uma ou outra legal ) tmb entra nesses meio chatinhos....

O Live eu tenho é foda e o novo ...vai correndo q tá na cara q vc vai pirar.

6:20 AM  
Blogger Alcio said...

Já dizia o Sr. Burns:

- Excelente, excelente!!

heehehhehehhe

6:29 AM  
Anonymous Anonymous said...

Fiquei extremamente curioso em relação à banda. provavelmente terei a mesma surpresa de quando ouvi Big Elf.

7:28 AM  
Blogger Alcio said...

Aliás, o big Elf agora botou o Money Machine inteiro para download no site deles!!!
Essa banda é foda por demais!!!

8:30 AM  

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