Tuesday, September 05, 2006

Sai do chão BH!!

Aquilo q presenciamos não foi apenas um show. Foi uma celebração de gerações interligadas por uma causa em comum: O amor a música e ao Metal. E ninguém melhor q o Slayer e o Chakal pra serem os mestres de cerimônia.

Muita gente do lado de fora do Chevrolet Hall já dava sinais q o show seria um sucesso de público. Rapidamente fomos encontrando os amigos e partimos pra um buteco no melhor estilo mineiro. Após algumas brejas muito geladas e algum papo jogado fora, voltamos para enfim adentrar ao local da celebração.

Após uma breve introdução nos telões o Chakal entrou varrendo tudo com “War Drums”. Apesar de inicialmente baixo, o som foi se acertando aos poucos chegando num nível de definição muito boa apesar de ainda continuar num nível inferior de volume para um show de metal. Novamente o Chakal fez um set do tipo “Pocket Show” com cerca de 30 minutos. O q não é bastante pra passar nem 30% de clássicos q eles tem, mas como de costume detonaram... e a galera foi a loucura. Conversando na volta, com Ricardo e Marz, chegamos a uma unanimidade em opinar de q esse talvez tenha sido o ponto alto da carreira dos Chakais... não só pela performance e abertura para o Slayer, mas pelo respeito e carinho q o público demonstrou enquanto éramos massacrados pelo som dos caras. A Alegria estava contagiante, Markin não parava de rir, pois ele via os amigos lá de cima e fazia questão de cumprimentá-los (inclusive a nós), já Korg agradecia a todos pela grande recepção enquanto Giuliano e Cabelo agitavam sem parar fazendo a cama sonora resistente da Banda. Já Wiz, além de descer o cacete na batera como se estivesse espancando um tamanduá com 2 colheres de pau, tava igual menino estreando a batera agora personalizada com um grande WIZ (com as letras Chakais) em vermelho na pele do bumbo. Puta responsa, mas pra esses caras isso nunca foi problema.

Se a entrada já tinha detonado tudo, estávamos já imaginando como seria o prato principal. O Slayer nunca entrou pra perder. Sempre serão vitoriosos por não tentarem ser o q não são, e por sua lealdade eterna para com o público e para o Metal.

Qdo a intro de “Darkness of Christ” começou a rolar no PA, já sabíamos q o set list seria um pouco diferente dos shows em Sampa q estavam começando com “South of Heaven”. Mas hã...”Who Fuckin Cares?? It’s Slayer, fucker!!”. “Disciple” entrou rasgando o cerebelo dos presentes fazendo com q eu q estava a uns 15, 20 metros do palco, fosse impulsionado pelos riffs a catar a grade de qualquer jeito. Saí como um búfalo faminto passando por cima de tudo e todos pra alcançar o Valhalla de qualquer show que é o mais próximo q se pode chegar. Fiquei ali entre o Hanneman e o Araya... o show todo. Praticamente 1 hora e meia de pau dentro.

Não há como não se espantar de cara com a grande Barba branca do agora “Titio” Araya, o q novamente mostram q eles não estão nem aí pra ninguém e não vêem motivos pra esconder esse tipo de coisa. A casa veio abaixo (novamente) com War Ensemble e logo após a primeira surpresa da noite: Blood Red do Seasons... puta merda, essas músicas q normalmente não entram como “titulares absolutas” sempre geram uma expectativa extra. Logo após, Araya anuncia a volta aos velhos tempos do Show No Mercy e detona um dos jargões mais fodas de toda a história do Metal pra anunciar uma música... “If You Live By the Sword… Then You’ll Die By the Sword”. King e Hanneman continuam cortantes e incisivos em seus solos e riffs a velocidade da luz, com uma precisão cirúrgica q só as grandes duplas de guitars como Tipton/Downing e Murray/Smith podem se dar ao luxo de conseguirem.

Outra surpresa no set foi a inclusão de Spirit in Black (tmb do Seasons). Como todas as outras é um crássico q se torna difícil de encaixar qdo se tem uma discografia como a do Slayer. Aí foi foda, pois os caras não paravam de despejar hinos metálicos... Mandatory Suicide, Hell Awaits, Post Mortem, God Send Death, Silent Scream ( onde Tom olhou pra mim várias vezes vendo q sabia letra de cór) e a mais recente Cult entre outras…

Vale a pena ressaltar q na hora de Rainning Blood abriu-se a maior roda de pogo q Belo Horizonte já viu. Qdo consegui olhar pra trás, saquei milhares de cabeças alucinadas fazendo movimentos circulares ao som de um dos maiores hinos da história do Heavy Metal. Só pra constar, ela foi tocada como no disco (assim como no Still Reigning), ou seja, com aquele final enlouquecido a mil por hora, onde Lombardo mostrou q ainda é a peça de encaixe perfeita pra Banda com uma levada quase extrema.

Qdo li alguns comentários sobre o show de BH no fórum do site Whiplash fiquei de cara com alguns “esclarecidos” q questionaram por lá a “apatia” dos guitars para com o público. Ele chegou ao ponto ridículo de querer q Jeff e Kerry chegassem ao microfone pra agradecer ao público pelo espetáculo. Vamos ser sinceros... esse cara nunca viu nada do Slayer ao vivo. Todos sabemos q o Slayer sempre foi a Banda mais sizuda do Planeta, e q ao meu espanto Tom gastou seu estoque de sorrisos do ano ali em BH tamanha sua empatia para com o público. O cara agradeceu várias vezes, brincou com público, tomou um puta susto qdo um maluco pulou no palco, bateu no peito como um gorila e ainda filmou a galera no fim do show com uma hand cam particular. Henneman e King estão ali apenas pra fazerem o serviço do diabo e nada mais. Além de tudo o Hanneman tem boca mole ( q só fui descobrir no Dvd Still Reigning) e o King só fala em entrevistas. Deu vontade de perguntar àqueles idiotas se eles compram cds do Slayer esperando agradecimentos em vez de porrada na cara. Novamente o Slayer mostra simplesmente a realidade, o jeito q sempre foram e sempre serão, muito diferente dos Ulrichs da vida.

O set terminou com a arrasa quarteirão Chemical Warfare. Um breve intervalo e a intro de South of heaven ecoou no PA anunciando o primeiro bis, todo o lugar cantou junto com Araya, fazendo com q o mesmo abrisse o sorriso e deixando assim todos cantarem esse hino no seu lugar. Isso aconteceu em várias músicas principalmente em Seasons in the Abyss onde Tom fez um jogo de pergunta e resposta cantando a primeira parte das frases e o público a segunda num volume ensurdecedor. Aquilo foi maravilhoso.

O final todos já esperavam. Qdo Joseph mengele se contorce no seu túmulo, todos sabem q o “Anjo da Morte” está batendo suas asas. O hino absoluto e atemporal do Thrash Metal entra, perfura, perturba o cérebro como se uma broca gigante perfurasse sua cabeça. A galera praticamente morta de tanto agitar (eu incluso), reúne as últimas forças para o banging final, fazendo isso em retribuição ao massacre comandado pelos “4 cavaleiros da desgraça”.

Pra terminar só me resta o comentário do Marz ao fim do show: TADINHO DO METALLICA!!!!!

10 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Comovente relato, bravo!!

e adaptando um pouco o adágio consagrado: "outras bandas falam, Slayer TOCA, caralho!!"

Só fica minha estranheza com o "Praticamente 1 hora e meia de pau dentro". Q é isso mizifío, ficando véio e perdendo o juízo??? ahah

8:54 AM  
Anonymous Anonymous said...

depois de chemical foi hell awaits...


1) "Darkness Of Christ"
2) "Disciple"
3) "War Ensemble"
4) "Blood Red"
5) "Die By The Sword"
6) "Spirit In Black"
7) "Cult"
8) "God Send Death"
9) "Mandatory Suicide"
10) "Seasons In The Abyss"
11) "Chemical Warfare"
12) "Hell Awaits"
13) "Postmortem"
14) "Silent Scream"
15) "Dead Skin Mask"
16) "Rainning Blood"
17) "South Of Heaven"
18) "Angel Of Death"

commentários? relatos? ?? no words can tell

11:01 AM  
Blogger Colli said...

Só tenho que chorar, pois não pude ir...

11:18 AM  
Blogger 6vilb66r said...

Achei Araya até simpático demais pro meu gosto.
Apresentação perfeita como sempre.
Em Sampa parece que tocaram a At Dawn They Sleep no lugar da Blood Red.

1:33 PM  
Blogger Thosewhocannotbenamed said...

E pelo visto BH tem mesmo sua magia única: os shows em SP pelo que lí tiveram problemas de som, inclusive no primeiro a batera do Lombardo não chegou a tempo.

Este show pode ser colocado entre os melhores shows de metal já realizados no planeta em todos os tempos. Perfeito!

3:10 PM  
Anonymous Anonymous said...

Tocaram "At Dawn They Sleep" no sábado por aqui. "Die By The Sword" no lugar de "The Antichrist", "Spirit In Black" no de "Blood Red" + "God Send Death"...

A bateria do Lombardo ñ chegou a tempo sexta? Tá explicado pq havia uma Bauer de bumbos vermelhos e tons prateados. Tomei no cu podendo assistir só o 1º show...

3:16 PM  
Blogger LouieCyfer said...

teve umas peças tmb q não chegaram a tempo em BH, pelo q Wiz falou parece q esqueceram/deixaram no aeroporto... mas colocaram uma batera a altura com bom som e visual idem...

4:47 PM  
Blogger :[marz]: said...

Tadinho do Metallica!!!!

6:08 PM  
Blogger LouieCyfer said...

taí o criador da frase!

5:50 PM  
Blogger fotos vips said...

This comment has been removed by the author.

5:40 PM  

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