Uma Questão de Vida Ou Morte

Primeiras considerações sobre o novo album do IRON MAIDEN: depois de ouvir 2 vezes, sinceramente não vejo nada de diferente dos dois anteriores, Brave New World e Dance of Death. A mesma sonoridade, mesmos cacoetes, mesmos arranjos, mesmos solos. Sinceramente, não trepa nem sai de cima.

É ruim? Claro que não. Mas não empolga. É difícil escutar o album inteiro da primeira à última faixa, e já na quarta eu estava de saco cheio (mais de 70 minutos no total). Pra minha surpresa, acho que descobri o que faz o disco soar tão cansativo aos meus ouvidos: Bruce Dickinson. Verdade seja dita, não tenho mais paciência pra ouvir o baixinho se esgoelando. Acho as melodias de seu vocal extremamente enjoativas hoje em dia. Não existe mais a agressividade de outrora, e sim uma tentativa de levar todas as linhas com uma empostação de voz em tom alto que, pelo menos pra mim, é um saco.

Ironia das ironias: nos melhores momentos do disco, me peguei lembrando de... Queensrÿche! A criatura devora o criador, a cobra morde o próprio rabo. Essa banda de Seattle sempre foi conhecida por praticar um metal clássico e técnico com bastante influência de Iron Maiden, e quem diria que o próprio um dia alcançaria um tal grau de sofisticação nos arranjos e harmonias que acabaria soando como seus discípulos. Mas essa é somente minha opinião...

Resumo da ópera (metal): continuo não tendo mais saco pra Iron Maiden. Quando sai o próximo do Judas?