Tuesday, August 15, 2006

Supreme Loyalty


O Slayer gera um fascínio impressionante entre seus fãs e admiradores e certamente o fator maior de toda essa devoção é a lealdade dos caras para com sua própria mentalidade musical e de quebra para com todos os amantes de sua agressividade sonora.

O próprio Kerry King diz q é muito fácil prever um álbum do Slayer, pois nele sempre existirão pontos em comum q fazem a ponte de identidade com todos os outros registros já lançados por eles. Letras ácidas retratando guerra, ódio, religião, psicopatas, todas aliadas a um instrumental devastador, com bases a velocidade da luz e riffs de arrepiar até o último pentelho do cu. Os solos são quase sempre os mesmos...But Who Cares? A única coisa q mudou nesse campo foi a adição de um Wah Wah q o King teima em usar em tudo q é solo. O Slayer criou um estilo q tenta ser copiado por milhões de Bandas e com isso fincaram o nome deles como uma das mais originais de todos os tempos. È merecido.

Num show variado de Metal existem 2 coisas q vc certamente vai ouvir: 1 – Toca Sabbath!! 2 – Toca Slayer!! São os equivalentes ao toca Raul e toca Legião aqui do cenário Rock brasileiro. Algumas coisas simplesmente não mudam e o Slayer é uma delas. Do Show No Mercy ao Christ Illusion existem algumas diferenças sim, até mesmo pelo crescimento musical da Banda, mas a essência e a proposta continuam as mesmas.

O Slayer adquiriu um público único q pode ser ou não “xiita”, agradando aos mais radicas e outros de cabeça “mais aberta”. Quem futuca os “files” da galera do Soulseek percebe q vc pode estar procurando uma Banda não Metal com um cara essencialmente não Metal, mas q sempre tem um álbum deles perdido por ali. Seja o Reign in Blood ou não. Toda edição da revista roadie crew q continham os “top 5” do músicos das Bandas entrevistadas apresentavam um álbum do Slayer em no mínimo 50% delas.

Quem aqui nunca juntou os amigos pra uma foto e tentou imitar a pose da contra capa do Reign in Blood? Quem nunca se pegou sozinho em casa, num show qualquer, num churrasco com os amigos q simplesmente do nada abriu a boca e berrou: “Slllaaayyyeerrrr!!” (Marz o fez sábado passado no show do Yard of Rock). Não se faz essas coisas com uma Banda qualquer. Quem tem coragem de fazer essas coisas pelo Metallica do jeito q ele anda?

Inclusive não há como não comparar esses 2 gigantes da Música Pesada. Mas vamos a alguns pontos interessantes. Os 2 já eram tops no cenário e bem parecidos em termos de popularidade na época de 88 (South of Heaven/ And Justice for All) e enquanto o Slayer continuo fiel a sua proposta inicial, o Metallica tentou alçar um vôo mais alto. Nada contra mudanças e principalmente de se tentar atingir um público maior, mesmo pq “Black Album” já nasceu “crássico” e tem lugar na prateleira de todo mundo.

Porém essas mudanças trouxeram uma série conseqüências q desvirtuaram o Metallica de seu desenho inicial. Sábado no show onde tocamos, teve uma banda (muito boa por sinal) de uns colegas nossos q mandaram benzaço num cover de Blackned. E o vocal anunciou a música assim: “Vamos tocar uma música agora de uma banda que um dia se chamou Metallica”. È disso q estou falando... o Metallica abriu mão de sua identidade e lealdade para com os fâs (do Load pra frente) que culminou numa descrença q muito difícil será reconquistada. E sabem pq difícil? Pq se quiserem eles podem até tentar soar como tempos atrás, mas eles não são mais os mesmos caras com as mesmas aspirações musicais de antigamente. Aquilo se foi.

Esse é o ponto q difere o Slayer deles e outras Bandas. A Lealdade. Posso não cortar meu braço escrevendo o logo da Banda igual o maluco no Divine Intervention, mas cheguei praticamente a terminar um relacionamento (de 3 anos e meio) qdo questionado a escolher entre a mesma e um show dos caras. Não escolhi só pelo Slayer. Escolhi por mim. E também pela mesma lealdade q temos em comum.

4 Comments:

Blogger Colli said...

Apelou no final hein!!! Ninguém escolhe por um ou por outro, mas como você disse, se escolhe para você mesmo. Nossas vidas são feitas de escolhas, e nós sempres escolhemos para nós. Há pontos de vistas diferenciados em todos nós, concordo plenamente com o Reinado do Slayer por todos estes anos(lembra do South Of Heaven nas minhas mãos) e é isso mesmo que ocorre(fidelidade) as pessoas gostam(amam) a fidelidade, qualquer um, em qualquer situação, pois é... abri mão deste show. Talvez nuncai mais o veja ao vivo.

8:59 AM  
Blogger 6vilb66r said...

O Thrash Metal é o grande ponto em comum de todo nosso pessoal. Tem gente que curte coisas tipo Beatles, Glam, Stoner, e por aí vai...damos voltas mas sempre paramos no thrash.
Slayer é o pai de tudo isso, e ninguém gosta de ser filho órfão.

9:51 AM  
Blogger :[marz]: said...

Belo post (falta do que fazer no serviço?). Realmente, se tem uma palavra que vem à mente quando se analisa a trajetória do SLAYER, é "lealdade". Os fans os idolatram e eles correspondem.

Ah, sim... SLAYERRRRRR!!!!

10:31 AM  
Anonymous Anonymous said...

Algumas vezes a vida ou alguns percalços nos dão opções que são difíceis de serem recusadas ou mesmo acatadas. Mas a fidelidade ao que você acredita...é tudo!

Pô, eu gritei outra coisa na hora do cover!!
SEPULTURAAAA....

1:15 PM  

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