BH Rula!! - Parte Final

Como fomos dormir relativamente cedo, acordar cedo tmb não foi problema. Mandamos um café da manhã esperto e partimos pra algumas coisas importantes. Como Paulin tinha q sair pra resolver alguns problemas pessoais, eu e Chips ficamos responsáveis pela afinação de todos instrumentos de corda da galera... ao todo foram 4 guitarras e 2 baixos. Com tudo soando legal começamos a descer o equipamento para o andar de baixo pra agilizar qdo saíssemos após o almoço. Tele senas e mais algumas geladas pra apimentar mais o estômago para o almoço intercalado com uma recaída a lá “Forrest Gump” de Colli e Guilherme q resolveram dar uma volta na vizinhança. Tadinho deles, esqueceram q tudo em BH é feito em morros...heheheheh!!!!!!!

Devidamente bem almoçados com uma ótima macarronada feita por Paulin, estávamos prontos pra começar a embarcar as coisas nos carros e rumar enfim para o Matriz. Chegamos lá por volta de 1 e pouco e vimos q o local apesar de pequeno tem uma ótima estrutura com barzinho separado com mesas, balcão , cadeiras e um som q parecia ser legal.

O restante da galera das Bandas (Witch e Chakal) começou a chegar e reolvemos dar uma passadinha no som só pra ver qual é... tocamos umas 2 músicas e o q não estava legal seria facilmente ajeitado durante a apresentação. Então passamos a trocar idéias com os presentes, e tinha muita gente legal e das antigas. Entre eles o Sérgio q foi o vocalista do próprio Chakal no lp “Death is a lonely Business” q se mostrou muito simpático e um cara perfeito pra se sentar num buteco pra tomar umas e rir a vontade...pena q o destino lhe foi cruel...hehehehehehe!!!! Quem tava lá sabe o q estou falando. Outro de responsa q tava lá era nada menos q Valério “Exterminator” do grandioso Holocausto, uma das Bandas de maior expoente nos anos 80. Esse então foi de uma coesão muito grande comigo e Those, pois conversamos bastante e ele parecia interessado em ver a gente ao vivo. Fora esses ainda tinha gente da Roadie Crew, das Bandas Pathological Noise, Requiem, Absolute Disgrace, My Fault, Erebus, Concreto, entre outras. O Público não foi muito grande (cerca de 150 a 200 pessoas) mas era seleto e opinante o q pra nós foi muito bom.

Então começam os acordes de “Christ in Hell” anunciando o grande Chakal. Porra já nem falo mais nada dos caras ao vivo, excelentes músicos como são só pode sair coisa foda. Wiz bate igual um animal na batera, enquanto Markin me faz diminuir uns 2 cm a cada arpejo q ele dava me deixando com uns 50 cm de altura ao fim do show. Korg canta soberano mostrando q seu estilo é insuperável e apesar de Those cola-lo explicitamente, vai ter q comer muito arroz e feijão pra chegar aos quarentão cantando como ele..heheheeh!! Mas hein... lembram dos brinquedinhos de guerra do nosso amigo Giuliano “Bro”?? Cacete!!!! O cara tava todo de roupa rajada, com a cara pintada de verde e preto, um suspensório próprio pra carregar de cantil a faca e revolver. Mas foda mesmo eram os “tiros” q ele dava com seu baixo fazendo até o “coice” imitando um fuzil...muito foda!! Apenas um ponto fraco: SEI Q SOU CHATO PRA CARALHO, MAS VCS NÃO PODEM DEIXAR DE TOCAR “MAY NOT THE MANKIND SUFFER”. O Crássico absoluto pra mim junto com "Jason Lives" tem sempre q fazer parte do repertório...mas tudo bem, dessa vez passa.

Bom, agora a peteca tava na nossa mão e mantê-la no alto depois de um showzaço do Chakal ia ser uma tarefa difícil. Mas porra, passamos por 6 hs e meia de carro não iria ser a toa. E lá fomos... começamos com “Virus Christ” e a primeira vista parecíamos estar agradando a galera, já q as garotas sorriam e os machos faziam cara de fodão. Logo chegaram os caras do gargarejo, abriu-se uma pequena roda de pogo e o negócio esquentou. A galera q estava lá pareceu muito preocupada em ouvir e prestar atenção do q realmente se acabar de agitar, com certeza isso refletia a grande presença de músicos e pessoas de opinião citadas anteriormente.

Sou obrigado a dizer q fomos praticamente “perfeitos” ao longo do show e digo isso com orgulho, pois só ensaiamos umas 6 ou 7 vezes (e 2 shows) com nosso novo Batera Guilherme e tocamos como se ele sempre tivesse estado conosco. Dono de uma técnica infernal, Guilherme rendeu vários elogios, inclusive de Vlad Korg. Como basicamente tocamos músicas nossas no repertório, parte da galera só veio pro Gargarejo nos covers, sendo q “Into the Void” foi aclamada em uníssono. Caraca, quase tive um treco qdo vi Markin (guitar do Chakal) ali grudado na grade batendo cabeça com nosso som. Eu achei q meus dedos iriam dar um piripaque na hora dos solos sob o olhar daquele “Six Strings Master”...hehehe!!! Nada...tudo foi muito bem e novamente fiquei de cara qdo ao final do show Markin veio me cumprimentar fazendo reverência...cacete!!!! não vou esquecer daquilo nunca!! Não mesmo!! Receber elogios de um cara q sempre foi sua influência, desde moleque, é uma sensação estranha. Um ciclo pra lá de estranho de presenciar.

Vale uma menção tmb ao cover do Death que fizemos de “Overactive Imagination”. Essa música é muito difícil de tocar, com várias mudanças de andamento onde se um cabeçudo erra sua parte pode fuder com a música toda daqui pra ali. Todos mandaram muito bem. Qdo finalmente encerramos o show e fomos ver a receptividade da galera ficamos espantados, pois todos q conversamos gostaram muito de nossa apresentação. Valério do Holocausto foi um dos q mais gostou dizendo q recebe muitas demos de Bandas q estão começando, mas boas e com personalidade iguais a do Poisongod não havia recebido nenhuma. Ele até me intimou pra saber o q estou ouvindo ultimamente e quais minhas influências, e qdo comecei com George Harrison e Jeff Hannemam ele me olhou espantado...hehehehe!!!!! Pois é, a sensação daquele estranho ciclo se fazia novamente presente, já q o Holocausto também era Banda de cabeceira da época de ouro dos anos 80 com seu famigerado “Campo de Extermínio”.

Papos e geladas a parte, os Donos da festa estavam entrando em palco. E pro Witchhammer é fácil manter a galera acesa. Paulin literalmente “incorpora” qdo em palco, com a cara pintada e um carisma poucas vezes vista. Ele sacode, vira o zóio, mexe, agita, grita, um show man de verdade. Casito não fica atrás com seu carisma e com uma das melhores vozes do Metal Nacional comandou um massacre de hits perpetuados pelos seus discos lançados. De "Dartherium" a "Oija Board", os caras passaram a limpo todos os 20 anos de estrada mostrando q não se abalaram em nada com o relógio da vida. Na Oija Board ainda chamaram os convidados do disco pra reproduzirem ao vivo, esse q é um verdadeiro hino aos ícones metálicos q já passaram desta para melhor. Com Those incluso nesse time, ele ainda voltou ao palco pra dividir os vocais com Casito na inigualável “Hell Awaits” tendo todos presentes como alicerce durante o refrão.

A única coisa q tenho a dizer é q quem infelizmente não pôde comparecer perdeu um dos maiores eventos metálicos com Bandas Nacionais dos últimos tempos. Entenda-me q eu não vejo shows do Witch e Chakal todos os dias, mas acho q mesmo se os visse nunca deixaria de vê-los cada vez mais. Sempre tenho o q aprender com esses caras, seja no palco ou fora dele. São pessoas maravilhosas e exímios músicos.

Nossa night terminou num trailler onde comemos e bebemos mais algumas geladas, falamos sobre o show, mas não demoramos muito, afinal no outro dia pela manhã viajaríamos de volta pra casa. Ah, mas logicamente antes de deitar uma tele sena rapidinha só pra aliviar a tensão q poderia ser causada pela “respiração forçada” de Those. Hehehehe!!

Até o Slayer...