Wednesday, April 22, 2009

O Vôo da Besta



Ontem assisti a uma “sessão única” de cinema do filme Flight 666. Apesar de estar muito cansado devido à viagem do feriadão e ter uma hora e pouco somente pra me restabelecer, eu tinha um compromisso comigo mesmo.

Um compromisso como de muitos aqui, que compreendeu toda nossa adolescência, nossas desigualdades com os demais, nossos anseios, perspectivas e estilo de vida. Sim, o Metal é um estilo de vida. O Iron Maiden é um estilo de vida. E estes estilos me ajudaram a moldar a personalidade que tenho hoje.

Independente dos pontos citados, minha ida ao cinema poderia ser resumida em: 1- Só por ser sobre o Iron. 2- Faz tempo que não vemos um filme rock com a própria Banda no papel principal (Stones pra mim não conta... hehehe).

Antes de qualquer coisa, trata-se de um documentário referente à turnê “Somewhere Back On Tour” onde eles rodaram sei lá quantos países em 45 dias (acho), isso tudo no próprio Boeing da Banda (Ed Force One) e com a figura ímpar de Bruce Dickinson pilotando o mesmo.

O roteiro do filme, dirigido pelo sortudo Sam Dunn do documentário “Metal – A Headbanger’s Journey” (ótimo, por sinal), não foge a rotina de uma grande turnê feita por uma Banda do naipe do Iron. E mostra, simplesmente o que a galera quer ver, ou seja, o lado bom e divertido de ser um rock star.

Logicamente, o documentário dá uma pincelada sobre a disciplina que os membros tem de ter pra não por em risco a grandiosidade da apresentação, sobre variação de humor dos membros da Banda para com os fãs, e problemas ocasionais com som e afins. Mas deixa transparecer no final que tudo é uma grande celebração. Da Banda, pela sua longevidade e sucesso, e dos fãs, pela lealdade extrema e afetuosa.

Aqui não tem “choração e mimimi” de problemas internos, crises existenciais como mostrados pelo “Some Kind of Monster” do Metallica. Aqui tem Aces High, 2 Minutes to Midnight, Revelations, Run to The Hills, The Trooper, Rime of the Ancient Mariner, entre outras, fazendo com que o público presente no cinema fique orgulhosa por ver na “Telona” uma coisa que teve tanta importância e impacto nas nossas vidas. Isso é que não tem preço.

E não só nas nossas “simples vidas”. No show em Los Angeles, o bastidor é invadido por “fãs” de grosso calibre como Dio, Kerry King, Scott Ian, Lars Ulrich (que dá um daqueles depoimentos cheios de caras e bocas, legítimo como uma nota de R$ 18,94), Tom Morello (esse sim, num depoimento de quem não tem vergonha de admitir a importância do Iron em sua vida) e até Vinnie Appice, que ficou “téti a téti” numa sala separada vendo Nicko “brincar e aquecer” num kit de batera antes do show.

Enfim, como bom apreciador da “sétima arte” e do Metal, eu sei separar as coisas e não esperei em momento algum uma película ao naipe de filmes dirigidos por Kubrick, Oliver Stone, Sorcese, Ridley Scott e outros. Simplesmente esperei de mente e coração abertos por um filme descontraído e acima de tudo honesto, como sempre foi a Banda, para celebrar e relembrar ótimas fases de nossas vidas. Se você pensa assim, a diversão é garantida!

4 Comments:

Blogger 6vilb66r said...

Não sei se o Iron Maiden está incluído no estilo Tradicional ou se é o contrário.

10:38 AM  
Blogger Grimal said...

Eu curto muito estes docs.
E pensar que assisti The song remains the same (rock e rock mesmo) The wall, acdc, etc etc no cinema.

Caras não invejo em nada a galera de hoje em dia com as facilidades insipidas de se conseguir tudo na ponta dos dedos em poucos minutos.

De que adianta baixar 30 cds em um dia se vc não tem tempo de ouvir.

1:51 PM  
Blogger Thosewhocannotbenamed said...

Ótima banda. Ótimo post. certamente comprarei o dvd.
Obrigatório, me parece!

11:02 AM  
Blogger bonna, generval v. said...

ótimo documenário. vi sábado no cinema com volume ensurdecedor nas músicas. sensação maravilhosa!

3:47 PM  

Post a Comment

<< Home